Orientações ao Paciente


Segurança é protocolar e institucionalizada. Cirurgia plástica é com cirurgião plástico. Antes de agendar uma consulta, acesse o site: cirurgiaplastica.org.br e saiba se o médico é cirurgião plástico.

Segurança / Resultados/ Escolha/ Marketing

A profissão do Cirurgião Plástico é uma arte. A formação é sistemática, para garantir segurança, o conhecimento é científico por natureza médica e o ato cirúrgico é uma expressão de arte aplicada. Para se formar, são 2 ou 3 anos de cirurgia geral e 3 anos de cirurgia plástica. Após isto, ele faz prova para receber o Título de Especialista- Cirurgião Plástico- e ser Membro da Sociedade. Se o cirurgião que você escolheu está entre estes, terá certeza de que ele passou por um aprimorado treinamento e um sério processo seletivo. O título significa que teve a formação reconhecida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica-SBCP. Única instituição autorizada a emitir o título de especialista. O quesito segurança será um fator de menor preocupação.

A capacidade de resultados, contudo, é variável. Não é uma ciência exata, e sim uma especialidade que envolve alto grau de subjetividade. O grau de sucesso de uma cirurgia depende de vários fatores e não apenas da habilidade do médico. Dos fatores controláveis, primeiramente uma boa formação. A partir daí cada profissional terá seu potencial, a depender de talentos pessoais naturais ou desenvolvidos: senso estético, criatividade, proporções, simetria, aptidão, experiência, habilidades diversas, etc... E principalmente da capacidade de aplicar e reproduzir com êxito o seu conhecimento na realidade do ato cirúrgico. Sem este último, o potencial artístico não passará de mera abstração.

Na fase de escolha do cirurgião, cuidado com a internet, redes sociais, revistas e outras mídias que estimulam a propaganda apelativa, pois podem confundir o paciente. Marketing abusivo não é arte, não é ciência e não é cirurgia. É uma imposição do mercado! Sugiro que sua escolha seja embasada na segurança (SBCP) e confiança na competência e capacidade real de resultados.


Como é a formação do cirurgião plástico?

Cirurgião Plástico não é um diploma ou mero certificado na parede do consultório. O título tem um significado sério, que envolve a ampla formação deste profissional. Sua função é garantir a maior segurança, já que se trata de uma especialidade na qual a maioria dos nossos pacientes são saudáveis. As etapas de formação são 2 anos de cirurgia geral e 3 anos de cirurgia plástica. Após isto estará apto a prestar a prova de título.

Por que é importante e obrigatório a residência de Cirurgia Geral?

A cirurgia geral dará liderança e confiança para lidar com qualquer intercorrência cirúrgica. Por exemplo: um médico que não passou pelas pressões diárias de grandes cirurgias de urgências, acidentados, complicações, etc.. Ao lidar com um sangramento difuso, de difícil controle, pode ter reações totalmente imprevisíveis- como já vi com os próprios olhos – colegas desmaiar em cirurgia. Além de outras como afobação, paralisação e perda do controle cirúrgico. Assumir uma cirurgia como cirurgião principal se aprende na geral. É con senso: a cirurgia geral fornece as bases de todo bom cirurgião.

Como funciona a residência de cirurgia geral?

Após a faculdade de medicina de 6 anos, o médico, decide se irá prestar provas de residência médica para qualquer especialidade. Se decidir por especialidade cirúrgica, como exemplo a cirurgia plástica, é pré-requisito obrigatório residência de 2 anos em cirurgia geral em serviço credenciado. Exigido pelo CFM (Conselho federal de medicina) e AMB (Associação médica brasileira). O médico prestará as provas anuais de residência para cirurgia geral, em hospital/serviço reconhecido pelo MEC ou CBC-Colégio brasileiro de cirurgiões. (Obs: oftalmologia, otorrinolaringologia, ortopedia, neurocirurgia e G.O, são especialidades clínico-cirúrgicas com acesso direto, ou seja, não requer residência prévia em cir. geral).

Naturalmente o número de vagas é muito menor que o número de médicos formados e o nível da disputa se torna cada vez mais elevado, semelhante ao vestibular. Após aprovação, o médico faz a residência por 2 ou 3 anos. Vínculos trabalhistas com turno integral, carga horária mínima recomendada pelo MEC de 60 horas semanais (a média são 84 a 96 horas semanais na maioria dos serviços), com plantões noturnos presenciais incluindo finais de semana e todos os feriados. Entorno de 7.000 horas total da residência. Remuneração por bolsa (do MEC ou do próprio hospital/serviço), direito a férias de 1 mês/ano, não há lista de presença pois a falta não é permitida (apenas com atestado médico), sob pena de punição e até expulsão. O próprio residente realiza as cirurgias em pacientes do serviço, sob supervisão, rodízio em todas as áreas cirúrgicas (ex: traumas, cabeça e pescoço, aparelho digestivo, urologia, ginecologia e obstetrícia, torácica, etc.). O nível de exigência é incomparável ao curso de medicina.

Como funciona a residência de cirurgia plástica?

Após concluído este processo com êxito (muitos desistem logo no início), o médico receberá o diploma de cirurgião geral e poderá então prestar as provas anuais para a subespecialidade cirúrgica que irá seguir. No caso da cirurgia plástica, disputará outro concorrido processo seletivo pelas vagas credenciadas pelo MEC e pela SBCP, em hospital/serviço reconhecidos (autorizados) pelas mesmas. Especialização em vagas ou locais não reconhecidos não são aceitos para o futuro título de especialista.

Após aprovação, a formação segue o formato de residência semelhante a cirurgia geral, porém com as peculiaridades específicas da especialidade. Também opera como cirurgião principal sob supervisão, tudo que envolve cirurgia plástica estética e reparadora, complicações e casos complexos; período de 3 anos, 60 horas semanais, (total de 8.640 horas), plantões presenciais ou sobre aviso, sem direito a faltas (exceto com atestados). São centenas de cirurgias realizadas e auxiliadas por cada residente. Cirurgias estéticas, de vários níveis de dificuldade e todos os tipos de complicações possíveis, reparadoras, tratamento de sequelas etc.. As aulas teóricas obrigatórias no curso integrado dos serviços credenciados pela SBCP, no período noturno com provas bimestrais ao fim de cada módulo.

Após a residência, o médico já é cirurgião plástico? O que significa o título de especialista pela SBCP? Isto é realmente importante?

Após a residência de cirurgia plástica o médico poderá prestar a prova escrita, oral e curricular para receber o Título de Especialista- Cirurgião Plástico- e ser Membro da Sociedade. Para se referir como cirurgião plástico no Brasil é preciso obter este diploma. Significa que o médico possui o conhecimento técnico necessário e teve a formação reconhecida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica-SBCP- Única instituição responsável pelo ensino formal da especialidade e fornecimento do título. Está apto a realizar cirurgias plásticas em território nacional. Se o cirurgião que você escolheu está entre estes, você terá certeza que ele passou por um aprimorado treinamento e por um sério processo seletivo. E por favor, não confunda com “Medicina Estética” que não é sequer reconhecida pelo CFM como especialidade médica.

Posso fazer minha plástica com médico de outra especialidade?

Pelo respeito ao paciente e ao médico cirurgião plástico não recomendamos que plásticas sejam feitas por outro especialista. Algumas outras especialidades realizam plásticas reparadoras e estéticas, porém não é o foco de treinamento durante residência. Por exemplo, existem otorrinos que fazem ótimas rinoplastias, mas muitos, se tiverem complicações estéticas, encaminharão aos cirurgiões plásticos para correção.

A desvalorização e o desrespeito do médico no Brasil, tanto no SUS quanto convênios, principalmente nos últimos governos, gerou um fluxo maciço para a área da estética, um portal de escape para o paciente particular. Vários médicos se interessam por cirurgias plásticas ou procedimentos estéticos por interesses financeiros e muitos se denominam capazes de realiza-las. Alguns realmente são. Mas não se trata de capacidade apenas, e sim de formação. Por exemplo: várias pessoas têm a capacidade de ser médicos, advogados ou qualquer outra profissão, porém por inúmeras razões não se formaram para aquilo e não podem ou devem exercê-las. Nem todos os médicos que se interessam por plástica e estética estão dispostos a enfrentar o longo e rigoroso trajeto, não passaram pelos processos seletivos, mas querem fazer os mais rentáveis procedimentos pois se julgam capazes. Quem julga se são capazes ou não são os órgãos oficiais. Como são médicos, não são proibidos de fazer, porém não têm o respaldo do órgão oficial da especialidade (SBCP) no Brasil.

Quem regulamenta a medicina no Brasil?

O Conselho Federal de Medicina- CFM (autarquia médica- órgão máximo constitucional para normatização da prática médica) em conjunto com a AMB e o MEC são os únicos responsáveis legais pelo reconhecimento das especialidades médicas e áreas de atuação, assim como suas respectivas sociedades. Qualquer outra instituição, sociedade, associação, academia, colégio, etc.. Que utilizem o nome “plástica”, “estética”,” plástica facial” não têm o respaldo da SBCP e não existem oficialmente aos olhos do CFM e da AMB. Mesmo que originárias de outras especialidades respeitadas e reconhecidas. Não passaram pelo mesmo processo de formação rigoroso e protocolado da SBCP. Toda cirurgia tem riscos, mesmo com o mais capacitado dos cirurgiões. O objetivo dos órgãos CFM e SBCP é minimizar ao máximo estes riscos.

Então as outras entidades que se referem a plástica ou estética não são reconhecidas? Em quem devo confiar?

Seres humanos são seres racionais e possuem o livre arbítrio nas suas escolhas. Quanto mais esclarecido, melhor. A SBCP foi fundada em 1948 com o objetivo de desenvolver e aprimorar o estudo de cirurgia plástica. É uma das maiores associações mundiais da especialidade, Órgão oficial da AMB e do CFM a conferir o título de especialista em cirurgia plástica. As outras entidades (sociedades, academias, colégios etc...) surgiram recentemente (a partir da década de 90 e 2000) no intuito de conferir a mesma legitimidade ao grupo crescente de médicos não cirurgiões plásticos ou de outras especialidades que realizam cirurgias plásticas, ou procedimentos principalmente estéticos. São várias entidades dos mais variados tipos, umas maiores, outras menores, muitas fornecem cursos, congressos etc. Mas isso não é uma formação oficializada. Não é uma residência de período integral, não requer residência em cirurgia geral prévia ou cir. plástica, etc. Como não são reguladas diretamente e oficialmente pela AMB e CFM, seus membros atuam com suas próprias normas, independentes do posicionamento do CFM ou da SBCP. Sendo assim, desfrutam de certas liberdades, inclusive de marketing, desafiam e questionam a autoridade dos órgãos oficias.

Quais são as situações para me atentar?

São 4 situações: 1- o médico não cirurgião; 2- o médico cirurgião geral que fez cursos paralelos; 3- o médico de outra especialidade clínico-cirúrgicas que se julga apto a realizar cirurgias plásticas estéticas. 4-O Cirurgião Plástico com propaganda apelativa.

Ao não cirurgião: lidar com alguma intercorrência cirúrgica mais séria, pode ser trágico. Por isso são imprescindíveis os 2 anos de cirurgia geral. O colega cirurgião geral que fez cursos não reconhecidos de cirurgia plástica, por razões de óbvias de formação, terão maiores riscos de complicações ou sequelas cirúrgicas. Colegas de outra especialidade, que se sentem aptos a realizar cirurgias plásticas estéticas, mesmo estando associados às outras sociedades, sem o respaldo oficial da SBCP ou do CFM, se tiverem complicações estéticas, sequelas, etc.. Muitas vezes encaminharão aos cirurgiões plásticos para correção. O plástico que faz propaganda muito apelativa estimula a concorrência desleal. Na medicina, diferentemente de outras atividades humanas, isto não é aconselhável.

O médico que sigo “celebridade” no facebook e instagram. Tem postagens excelentes, muito informativas, faz sucesso entre os seguidores. Eles são bons como parecem ser? Devo tomar cuidado?

Existe o bônus e o ônus desta ferramenta. O bônus é a facilidade de acesso à informação, o ônus é o risco de ser enganado. Principalmente se seu interesse é cirurgia plástica! Primeiro, verifique se ele é cirurgião plástico no site da cirurgiaplastica.org.br. Se ele não for, não perca seu tempo.

Tome cuidado com a o perfil “superproduzido” e com a propaganda excessiva. A propaganda muito apelativa é proibida pelo CRM. Em outras profissões, se deixar enganar pelo marketing não é tão arriscado quando se comparado a cirurgias plásticas. Não se deve confundir os talentos. O universo da cirurgia é totalmente diferente do universo do marketing. Cirurgia plástica é ciência e arte! O seu corpo é o foco da questão. O templo sagrado de todo ser humano. Não se pode confundir um genuíno cirurgião plástico com outro cuja única e exclusiva preocupação é a autopromoção.

Existe uma frase que resume bem a questão do médico “celebridade”: “Como cirurgião plástico é um excelente ator!”.

Então não se deve fazer marketing? Todos os célebres das redes são apenas “marqueteiros”? O que se esperar de um bom cirurgião?

Existem os bons neste meio também. O marketing é uma necessidade de mercado e hoje é obrigatório para não desaparecer. Mas apenas tome cuidado com os que se construíram nas redes sociais, ou demais mídias, onde a realidade é virtual e todos são perfeitos. Onde a vida digital é mais intensa do que a real, perfil que explora e expõem demasiadamente os pacientes, técnicas especiais, conteúdos que possam parecer muito apelativos, etc. Existem os marqueteiros profissionais, não que sejam ruins cirurgiões, mas podem não ser aquilo tudo que parecem... Fatos do mundo moderno.

O que deve ser sempre esperado de um bom cirurgião, além do seu conhecimento científico e competência cirúrgica, é a honestidade e sinceridade. O médico é falível como qualquer outro ser humano que exerça com seriedade seu trabalho. A ideia de perfeição e infalibilidade do médico é irreal e ilusória.

E os comentários de outras pessoas nas redes? Posso considerar confiáveis?

Existem os comentários verdadeiros, mas também devem ser filtrados. Um perfil chamativo e atraente pode atrair inúmeros elogios de pessoas que sequer conhecem o trabalho real do médico. Simplesmente pelo bom conteúdo da postagem. Como nem todo perfil se atém ao genuíno, é muito fácil seduzir o leigo. Também é comum acordos com grupos, seguidores e até mesmo alguns comentários planejados, como parte da estratégia de marketing. Isto tem sido uma tática bastante usada por ser quase impossível provar vínculo, portanto violação de ética. Os comentários negativos também não quer dizer que o médico não é bom. Os mais relevantes são os de pessoas que você conhece que fizeram a cirurgia e demonstraram sua opinião.

O CRM e a SBCP não controlam a publicidade?

Na área médica o CRM controla a publicidade, o que implica a proibição da propaganda apelativa na área. Porém é possível anunciar e impactar milhares de pessoas sem ser apelativo. O médico pode anunciar um artigo ou conteúdo informativo. Basicamente, a imagem de um negócio nas redes depende da sua capacidade de ofertar produtos e serviços de qualidade.A linha tênue entre propaganda e o anúncio permitido está na linguagem utilizada. Quanto mais comercial e apelativa for a linguagem (ou conteúdo), mais o médico estará correndo riscos no código de ética. Lembrando que o código de ética existe, entre outros motivos, para proteger o paciente das enganações e falsas promessas. Elas existem mesmo em formas mais sutis.


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